Antigüidade
Período
que vai mais ou menos de 4.000 a.C. (surgimento da escrita) até o
ano 476 d.C. (fim do Império Romano do Ocidente).
Foi na
Antigüidade que se formou as bases da nossa civilização ocidental.
Nela surgiram os conceitos de democracia, direito e filosofia.
Seus padrões de pensamento e beleza influenciaram outras épocas e
produções artísticas, como no Classicismo, Arcadismo e
Parnasianismo.
Da
Antigüidade o povo que mais nos interessa é o grego.
A Grécia
localiza-se no Sudeste da Europa: é uma península extremamente
recortada por montanhas, separadas entre si por vales. Na
Antigüidade isto dificultava a comunicação entre as cidades, que
mantinham sua independência uma das outras, chamadas por isso de
cidades-Estado. O fator que as uniam eram cultural: a mesma
língua, as mesmas religiões.
Duas
cidades-Estado se destacaram: Esparta e Atenas.
Esparta
se destacou pelo seu poderio militar. As crianças eram educadas
para servirem ao Estado e serem bons soldados. Seu governo era
oligárquico (governo onde poucos privilegiados podiam governar).
Atenas
se destacou culturalmente. Como ocupava uma posição geográfica
estratégica, tornou-se um forte centro comercial, onde prosperaram
comerciantes e artesãos. Com tal prosperidade, estes cidadãos
passaram a exigir maior participação no poder, o que levou Atenas a
uma democracia.
Devido ao meio natural áspero do país, os gregos desde cedo tiveram
que desenvolver ao máximo seus dons naturais, sua arte. Assim, essa
arte passa a destacar e valorizar o próprio homem. Não era à toa
que os deuses eram semelhantes a homens. Essa arte era uma arte
realista, baseada na verdade da aparência, tendo por objetivo a
imitação (mimesis), ou seja, a arte era uma imitação do
real retratado.
Como todos os homens de todas as épocas, os gregos também
procuravam compreender o porque das coisas. Assim criaram seus
deuses e mitos numa tentativa de explicação. Era uma forma de
aquietar os seus espíritos humanos. Mas notem que estes deuses nada
mais eram que “homens” superdotados, imortais, com poderes de
criação e destruição, e que possuíam os mesmos defeitos e
paixões que os mortais. Devido a isto alguns gregos criticaram sua
existência, dizendo que na verdade foi o homem quem criou os deuses
a sua imagem e semelhança. Por isso os deuses dos Etíopes, por
exemplo, eram negros. Passou-se então a buscar explicações para
as coisas baseadas na razão, na lógica. Surge a Filosofia.
Alguns filósofos passaram a observar a natureza na tentativa de
descobrirem as respostas aos fenômenos naturais sem precisarem
recorrer aos deuses.
Esses pensamentos refletiram-se também nas artes. A razão passou a
governar a imaginação, buscando as leis naturais, as medidas
perfeitas, ideais, que permitiriam o equilíbrio. A esse resultado
tranqüilo e sereno nas artes os gregos chamavam de beleza.
Notem que como o homem era valorizado, a beleza deste também o era,
o que se vê retratado nas esculturas gregas em que se nota a
preocupação com as medidas perfeitas do físico, num ideal de
equilíbrio e perfeição. Daí também os esportes e jogos que,
além de servirem de adoração aos deuses, serviam para trabalhar o
corpo e aproximá-lo do ideal de beleza. Paralelamente ao físico se
trabalhava a mente, e junto com os esportes vinham também os
concursos de poesia e canto. Dentro da filosofia de equilíbrio dos
gregos, não se podia cogitar o desenvolvimento do corpo sem o da
mente, e nem desenvolver o espírito se descuidando do corpo.
A literatura grega era basicamente composta de poesias e peças
teatrais. Na poesia tinha-se as epopéias (poesias grandes
que narravam os grandes acontecimentos, como a Ilíada e a
Odisséia, atribuídas a Homero) e as líricas
(sentimentais, pessoais) que eram cantadas ao som da lira.
No teatro tinham-se basicamente duas formas: a tragédia
e a comédia.
Quando Roma dominou a Grécia, foi dominada por esta culturalmente.
Assim a cultura grega, seus pensamentos e artes, se enraizaram no
império Romano e se espalharam por todo ele. Quando o império
Romano do Ocidente caiu, a cultura grega já estava bastante
difundida.
parte 1 parte3
parte 1 parte3
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